Para os mais novos isto pode parecer conversa da treta, mas a verdade é que qualquer 'rapazito' hoje na casa dos cinquenta já bem entrados, poderá recordar-se da figura do amolador. Era um sujeito que montado na sua bicicleta passarinhava pelas ruas soprando uma gaita com um som específico, a fim de alertar os moradores, e que, com uma pedra de amolar ligada á roda traseira, oferecia serviços de afiar facas, tesouras e utensílios diversos, além de outros pequenos arranjos, como por exemplo concertar chapéus de chuva (as varetas em particular).
Figura entretanto desaparecida, ressuscitou, pelo menos em Paço de Arcos soprando o mesmo besidróglio, só que agora montado na vespa ou lambreta, como queiram; é vê-lo:
Quando o amola tesouras voltar a Paço de Arcos provavelmente já virá novamente na sua «pasteleira», pois a crise vai obrigá-lo a encostar a Vespa ás boxes, a gasolina está pelas horas da morte, e não creio que existam muitas facas para afiar, por outro lado os Chineses vendem os chapéus mais baratos do que o arranjo duma simples vareta.
ResponderEliminarMas ainda faziam outro serviço, e que o Amigo não mencionou, o conserto dos tachos de barro, isso mesmo, levavam o que chamavam uns gatos, e que eram uns agrafos e a parte partida ficava ali para as curvas, como nova.
N aminha Terra quando se ouvia a «gaita» do Amola tesouras, dizia-se que era sinal de chuva.
Um abraço
Virgílio