domingo, 19 de fevereiro de 2012

o (des)acordo ortográfico

Certamente que os meus queridos visitantes já tiveram inúmeras oportunidades de ver e constatar as divergências formais, culturais e práticas relativamente ao propagado 'Acordo Ortográfico'.
Por mim, ninguém duvide, sou frontalmente contra. Porque a língua não é estática, mas evolui, por assimilação natural, nunca por decreto ou imposição, qualquer que ela seja.
Sempre assim foi, sempre assim será, nesta ou em qualquer outra língua.

Muito poderia explanar sobre a matéria, mas outros, bem mais consequentes o têm feito.

Apenas pretendo contar um pequeno episódio jocoso, relacionado e já muito antigo.

Anos 60, ainda debutantes. Um grupo de jovens 'malandros' da ocasião, há falta de outros motivos, discutiam altas horas da madrugada (deviam ser férias de verão), nas permissas do jardim de Paço de Arcos, política (não havia ninguém à escuta) estratégica. E, enquanto uns 'peroravam' sobre a aliança atlântica da NATO, suas consequências e objectivos  (a base da discussão era quem pagava o quê, e quem mandava em quem), outros preocupavam-se com as coisas mais terrenas.

A aliança designava-se  "Pacto Atlântico". Um dos participantes, mais distraído, 'desemcabrestou' ás tantas, um discurso (competente) sobre o fenómeno da existência, ainda, se bem problemática, de patos no oceano atlântico. Como é de calcular, o resto da 'maralha' ficou entre o estarrecido, o confuso e o jocoso, tendo em vista de onde vinha a intervenção.

Como se constata, já nos idos anos 60 a confusão grassava na nossa língua - pacto vs pato.


nota: a pedido posso identificar o 'distraído' 

1 comentário:

  1. Acompanho o meu Amigo no não ao acordo ortográfico, julgo que somos muitos a dizer não, o problema é que o único meio que temos é continuar a escrever como sempre fizemos, porque no plano das Leis, está aprovado e não há nada a fazer, os nossos Netos já vão ser guiados pela nova ortografia, vamos ter de «comer», mas não vamos calar.
    Uma braço
    Virgílio

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