GOVERNANTES PERSEGUEM E
DISCRIMINAM
FUNCIONÁRIOS
PÚBLICOS
Exijo respeito e equidade na distribuição dos
sacrifícios!
A REVOLTA
ESTÁ INSTALADA
PRIMEIRO, FORAM ESTES: Prometeram o paraíso, mas deixaram um
purgatório.
Através de uma máquina de propaganda
bem oleada (paga com os nossos impostos), iniciaram a campanha de desacreditação
e estigmatização dos funcionários públicos, criando a clivagem social que hoje
se verifica.
Durante vários anos, com a
preciosa ajuda dos media, comentadores e economistas neoliberais,
manipularam dados oficiais e bombardearam os trabalhadores do Estado com
mentiras e calúnias, reduzindo a escombros a imagem e a autoestima desses
trabalhadores.
Em simultâneo, congelaram salários e carreiras, reduziram as
comparticipações da ADSE, retiraram direitos constantes dos contratos de
trabalho e impuseram um absurdo sistema de avaliação (SIADAP) que impede as
progressões durante 10 anos – Actualmente, na função pública, só é possível
atingir o topo da carreira após 100 anos de serviço.
Para além disso,
aumentaram os descontos para a ADSE e CGA – transformando os trabalhadores do
Estado nos cidadãos que mais descontam em Portugal –, e atiraram com muitos
deles para a mobilidade especial (um sistema de desemprego
encapotado).
Com tanta
perseguição, em poucos anos, empobreceram os funcionários públicos e reduziram o
poder de compra respectivo (estima-se que, durante a vigência destes governantes,
a função pública tenha perdido cerca de 17% do poder de compra).
Terminaram a campanha, cortando os salários 3,5% a 10% (média 5%), sem se importarem com a falta de equidade, com a injustiça
e com a inconstitucionalidade dessa medida.
Apesar de tantos sacrifícios não resolveram os problemas
do país e, POR IMPOSIÇÃO DOS
BANQUEIROS,acabaram por pedir um
empréstimo (resgate) de milhões de euros.
Resultado: PORTUGAL
LEVOU COM A TROIKA!
E, no fim, com o país totalmente à deriva,
demitiram-se.
Ou seja, os
sacrifícios não serviram para nada!
DEPOIS, VIERAM ESTES:
Derrubaram os anteriores, prometeram mundos e fundos e, em
poucos meses, transformaram a função pública num inferno.
Durante a campanha eleitoral, prometeram
que não cortariam os salários
dos funcionários públicos, e Passos Coelho
declarou mesmo, de forma perentória, que a ideia de cortar os subsídios de férias ou de Natal era
um DISPARATE.
Lembram-se?
Porém, assim que tomaram posse, anunciaram
o corte de metade do subsídio de Natal (14.º mês) de todos os trabalhadores
portugueses, provocando, por arrasto, mais uma redução nos vencimentos da função
pública.
Passado pouco tempo, comeram mais queijo e decidiram manter o corte
médio de 5% nos salários, acrescentado o tal DISPARATE aos sacrifícios já
impostos. Ou seja, para além dos cortes nos salários…
DECIDIRAM ROUBAR OS SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E DE NATAL (13.º e 14.º MESES) AOS
TRABALHADORES DO ESTADO E AOS PENSIONISTAS.
Resultado: devido à crescente perda do poder de compra, aos
congelamentos, ao aumento dos descontos e à redução dos salários, os funcionários públicos, em dois anos,
perderam cerca de 30% dos
seus rendimentos, e agora vão perder
mais dois salários (mais14%).
Também estes, inebriados pelas suas ideias neoliberais e
sempre apoiados por grupos oligarcas, não se importaram com a injustiça, com a
falta de equidade e com a inconstitucionalidade das suas medidas.
Até se
esqueceram que “os subsídios
de Natal e de férias são inaliáveis e impenhoráveis” (redação do art.º 17.º do Decreto-Lei n.º 496/80, de 20 de
Outubro, aprovado e publicado pelo Governo de Francisco Sá Carneiro).
Para se
justificar, Passos Coelho veio mesmo afirmar que os funcionários públicos ganham
mais do que os privados, o que, como provam estudos e dados
oficiais, é mais uma
mentira ostensiva e um insulto aos trabalhadores
do Estado(estudos credíveis e bem
fundamentados concluem precisamente o contrário).
Mais…
Miguel Relvas
declarou publicamente que os 13.º e 14.º meses dos trabalhadores das câmaras
municipais vão servir para pagar as dívidas das autarquias, como se agora os
trabalhadores fossem obrigados a pagar do seu bolso os gastos dos
municípios.
Ou seja, para este, os funcionários das autarquias vão ter de
pagar, por exemplo, a construção e manutenção de escolas, a construção de vias,
passeios e demais infraestruturas, os serviços de abastecimento de água ou a
recolha do lixo que os outros fazem.
GENIAL!
ATÉ CUSTA A ACREDITAR, MAS É
VERDADE!
E ainda
gozam com a nossa cara! Aprovaram recentemente o Orçamento do Estado às
gargalhadas!
Em suma, tal como os anteriores, estes também decidiram
alimentar a clivagem social e esmagar os funcionários públicos, mostrando sem
rodeios e com total descaramento, que os direitos descritos na Constituição Portuguesa (a lei
fundamental do país) só são válidos para os portugueses que trabalham no setor
privado.
E não ficarão por aqui!...
Brevemente vão alegar mais buracos e derrapagens para reduzir novamente os
salários e eliminar quaisquer subsídios que ainda subsistam. Só vão descansar
quando os funcionários públicos estiverem a viver no osso e nos limites da
sobrevivência.
NO MEIO,
APARECEM ESTES:
Têm receitas e
soluções para tudo, mas não resolvem nada.
Com uma retórica enfadonha, cheia de números e
percentagens, passam a vida a defender mais cortes nos salários e mais redução
no poder de compra da função pública, como se os cortes já efetuados ou
anunciados não fossem suficientes.
PARA ESTES, OS TRABALHADORES DO ESTADO SÃO
APENAS UMA DESPESA E UM PESO PARA O PAÍS.
Esquecem-se de que estão a falar de cidadãos e trabalhadores
portugueses que ganham salários em troca do seu trabalho, que pagam os impostos
respetivos (os únicos que, de certeza, não fogem ao fisco), e que, tal como os
outros, têm famílias e o direito de viver em Portugal.
Medina Carreira, para além de comparar os direitos constitucionais a uma refeição
indigesta, trata os funcionários públicos
por “essa
gente”, mostrando um autentico desprezo por
estes cidadãos.
Mira Amaral e Eduardo Catroga, enfim!... Esses não se cansam
de pedir mais sacrifícios e todos sabemos como eles se sacrificam.
Ferraz da
Costa, um trabalhador incansável, está sempre a insistir que a função pública
tem de trabalhar mais, mesmo com cortes nos salários e sem os subsídios de
férias e de Natal.
Mas,
será que estas criaturas não sabem que a escravatura foi abolida, no Século
XVIII, em Portugal e na Europa?
Há muitos outros que podiam figurar neste grupo, mas
estes já são suficientes para justificar a indignação e a revolta que actualmente
dominam os funcionários públicos, os pensionistas e as suas
famílias.
E AINDA HÁ
ESTES:
São egoístas, covardes e
chicos espertos.
São cidadãos anónimos que se escondem atrás dos
computadores e andam pelos fóruns online dos jornais e redes sociais
da internet, emitindo opiniões depreciativas e discriminatórias sobre os
funcionários públicos.
Inebriados pelo seu egoísmo e estupidez natural, estão
convencidos que irão viver melhor à custa dos sacrifícios dos
outros.
Designam os trabalhadores do Estado por “gentalha”, “cambada”,
“escumalha”, etc., e aplaudem entusiasticamente todas as medidas dos
governantes, desde que, é claro, as medidas não os afectem.
Estes energúmenos egoístas são o fruto
da campanha de estigmatização iniciada por José Sócrates e agora fortemente
alimentada por Passos Coelho e por muitos comentadores
dos media.
Esquecem-se que foram
os funcionários públicos que lhes deram assistência quando nasceram, que lhes
deram instrução primária, secundária e universitária, que os socorrem, tratam e
operam quando adoecem, que zelam pela segurança deles, que lhes asseguram os
direitos legais e judiciais, que constroem e mantêm as infraestruturas públicas
que lhes dão conforto, que lhes darão de comer se tiverem fome, que recolhem o
lixo que fazem e que os protegerão ou socorrerão em caso de sinistro ou
catástrofe, com risco da própria vida.
É por causa de tudo isto que estamos fartos…
É PRECISO
GRITAR “BASTA”!
Os
funcionários públicos são portugueses como os outros e merecem
respeito. São pessoas e cidadãos. Não são escravos de ninguém, nem estão
a mais neste país.
Estes governantes estão a tirar a qualidade de vida, a
dignidade, a honra e o bom nome dos funcionários públicos. Estão a destruir os
serviços públicos e atirar com os seus trabalhadores para o desespero, para a
fome e para a pobreza.
Por causa destes governantes, os trabalhadores do
Estado até já DEIXARAM DE TER DIREITOS
CONSTITUCIONAIS .
AGORA, A CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA – A LEI FUNDAMENTAL DO PAÍS
– SÓ SE APLICA AOS PRIVADOS.
O ÚNICO GOVERNANTE QUE, ANTES
DESTES, CORTOU OS SALÁRIOS DA FUNÇÃO PÚBLICA FOI OLIVEIRA SALAZAR E NÃO CHEGOU A
TANTO!
Exijo respeito, justiça e equidade na
distribuição dos sacrifícios!
A REVOLTA ESTÁ INSTALADA
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Trabalhei nos Privados e no Público, durante 44 anos, aposentei-me na esperança de uma velhice sem grandes sobressaltos, tendo em conta os descontos que fiz enquanto ao activo, puro engano, não só deitaram para o caixote do lixo o acordo que fizeram comigo, como diariamente me sinto achincalhado, com a falta de vergonha como tratam os Funcionários no activo ou na reforma, tenho consciência de ter cumprido com o meu dever enquanto trabalhador Publico, como atestam as manifestações de agrado com que a minha «Entidade Patronal» me tratou, e vêm agora estas sumidades desconsiderar tudo o que foi realizado por muitos milhares de Homens e Mulheres ao serviço do Estado, uma vergonha
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio